Cinco pontos chave para combater a fraude, retirados do SAS Innovate Madrid

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A expectativa era grande em torno da comemoração do SAS Innovate Madrid, que aconteceu no passado dia 25 de maio. Ouvimos muitas conversas sobre o que as pessoas esperavam do evento, incluindo o desejo de uma vez mais encontrarem-se cara a cara com clientes, parceiros e colegas da área para falar sobre Inovação. Sendo que também nos emocionámos ao ouvir Inma Shara e a sua Virtuosi Camerata. 

Como especialista em soluções analíticas de Fraude, Compliance e Segurança, gostaria de partilhar aqui as principais ideias discutidas na mesa-redonda intitulada "Prevenção eficaz de fraudes e crimes financeiros em todos os setores: Fraud & Security Intelligence". O painel contou com a participação de Myriam Sánchez González, Cyber ​​​​Resilience Iberia Lead da Accenture, Ignacio García, Sócio de Risk Advisory Partner da Deloitte e Ignacio González, Assessor Membro da Direção Geral do National Fraud Investigation Office (ONIF), AEAT, e foi moderado por Emilia García, Senior Alliance Manager do SAS na Península Ibérica: 

  1. Verifica-se uma crescente sofisticação nos crimimes financeiros, assim como na deteção de fraudes e sistemas e técnicas de prevenção.

Myriam Sánchez González destacou que os cibercriminosos estão a tornar-se cada vez mais sofisticados e organizados, tendo também afirmado que a globalização dificulta o rastreamento do dinheiro e que a solicitação dos clientes por pagamentos em tempo real representa um desafio. No entanto, os oradores concordaram que o uso da analítica avançada e inteligência artificial (IA) e o tratamento unificado dos dados para se ter uma visão 360 dos clientes e dos seus riscos ajudam, significativamente, a melhorar a deteção de fraudes. Outras tecnologias e ferramentas também facilitam a deteção de fraudes, como a utilização da ciberinformação no processo de gestão da deteção de fraudes. Em última análise, os modelos analíticos estão a ajudar as empresas a “antecipar-se” aos criminosos. Mas, apesar disto tudo, continua a ser fundamental a consciencialização por parte das administrações para a tomada de decisões  de forma  proativa na prevenção de fraude. 

  1. A fraude está em constante evolução e, portanto, os sistemas de deteção também devem melhorar com o tempo.

Ignacio González, da ONIF, explicou que a fraude mudou consideravelmente desde que começou a trabalhar na área de prevenção de fraudes, relembrando que no início chegou até a rever as listas em papel e destacou que o uso da tecnologia facilitou muito sua deteção. Ignacio González mencionou que a adoção da tecnologia, especialmente a analítica avançada, tem sido um processo gradual e contínuo na sua organização. Não houve uma transformação radical, mas uma progressão constante. Na sua opinião, a tecnologia está a ajudar na deteção e prevenção de fraudes. 

  1. Três diferentes abordagens de prevenção de fraudes para diferentes tipos de organizações, de acordo com a Deloitte.

A prevenção e deteção de fraudes é um desafio que deve ser enfrentado para modernizar qualquer sistema tributário. Na Deloitte, eles são especialistas na aplicação de soluções de inteligência artificial e machine learning para detetar e prevenir fraudes fiscais. No entanto, Ignacio García deixou claro que não existe uma solução única para todos, destacando que são necessárias diferentes abordagens para diferentes organizações, como por exemplo: B2C, B2B e administração pública. As empresas B2C devem prevenir fraudes entre os seus clientes finais. No caso de empresas B2B, a preocupação está mais voltada para os ciclos de pagamento a terceiros. Na administração pública, os principais desafios estão na fraude fiscal, fundos europeus e contratação pública. 

  1. Um dos maiores desafios na prevenção de fraudes é aprender a conviver com o "ruído".

Perguntámos a Ignacio González sobre os desafios na prevenção de fraudes do ponto de vista oficial e a forma como poderiam ser enfrentados. Curiosamente, destacou que os criminosos geralmente obtêm muitas informações úteis dos meios de comunicação, especialmente notícias sobre deteção de fraudes. Portanto, é importante não revelar muito ao divulgar casos importantes e tentar controlar o "ruído" em torno da sua prevenção. 

  1. Uma das melhores defesas contra fraudes financeiras é conhecer os seus clientes.

O roubo de identidade tornou-se uma das principais fontes de fraude bancária e outros crimes financeiros. Myriam Sánchez González destacou que tanto os indivíduos como as organizações estão cada vez mais expostos a esse risco porque é muito lucrativo para os criminosos. Myriam Sánchez González explicou que é essencial que os bancos e outras organizações tenham boas informações sobre os seus clientes, especialmente sobre as suas pegadas digitais. Isto permite-lhes ter uma visão mais holística dos seus clientes e ser cada vez mais ágeis na resposta a anomalias no seu comportamento. Na sua opinião, é por isso fundamental recolher informação e tratar a gestão do cibercrime e a deteção de fraudes como parte do mesmo processo. 

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About Author

Carla Miranda

Principal Business Solutions Manager

Carla Miranda is Principal Business Solution Manager at SAS in the Fraud & Compliance area. She has more than 20 years of experience in Consulting and Information Technology areas, namely in software solutions. Her main focus has been in the last years in Fraud & Compliance, being certified by ACFE and ACAMS. The experience of working in the area of Consultancy and Information Technology was acquired, since 2003, in SAS. Before joining SAS she worked for Mercer Human Resource Consulting, PricewaterhouseCoopers and APFIN - Portuguese Association of Investment Fund Management Companies. Carla Miranda has a Masters in Knowledge Management and Business Intelligence and a post-graduate degree in Business Intelligence for Health from NOVA IMS (Information Management School) and a post-graduate degree in Management Control and Markets and Financial Assets from ISCTE. She has a degree in Economics from Lusíada University.

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