Vitor Vicente, head de vendas para telecom e varejo do SAS, e Eduardo Yamashita, diretor de operações do Ecossistema Gouvêa, abrem o SAS Retail Summit Brasil falando sobre as tendências para o setor de varejo.
Vicente explica que a visão do SAS permeia a estratégia da digitalização em três grandes pilares: omnicanalidade, com ofertas personalizadas; cadeia de suprimentos e experiência do cliente. Além disso, o trabalho do SAS se beneficia de um framework com duas estratégias:
- Aumento da flexibilidade usando IA e Machine Learning
- Benefícios trazidos pela nuvem em termos de aumento ou redução de ambientes de acordo com a demanda, que torna cada vez mais esse processo eficaz e ágil.
O executivo afirma que utilizar a informação e a capacidade analítica para colocar o cliente no centro dos negócios, e da estratégia da empresa, é uma das premissas do SAS para o varejo. Ele completa dizendo que as etapas fundamentais e sólidas para colocar o cliente no centro são coleta e armazenamento de todas as informações que possam ser relevante para o cliente. Por exemplo, canal preferido de compra é uma informação que está ao nosso alcance. Assim, é preciso tornar esta coleta de dados produtiva, gerar insights preditivos ou prescritivos na geração de demanda em marketing, classificação em merchandising, resultados de pós-venda ou venda reversa.
O apoio do SAS ao varejista pode colocar todos os benefícios em ação, primeiro na cadeia de suprimentos, com maior acuracidade nos modelos de planejamento com previsão de demanda, melhores níveis de estoque e com balanceamento mais adequado. Sempre colocando o cliente no centro, para utilização das estratégias de otimização de preços e ofertas, elevando a experiência de modo geral, e entregando uma jornada digital personalizada.
Ainda segundo o executivo, modelos de previsão de demanda mais assertivos e mais apurados, contribuem para melhoria de 10 a 33%, uma redução de estoque de 15 a 30%, redução de desperdício, que impacta nos resultados de receita bruta e da margem. “Sabemos que a transformação digital somada à pandemia trouxe uma maior representatividade para o canal digital, mas entender toda a jornada dos nossos clientes para uma oferta customizada é um diferencial que já experimentamos um resultado de 20% a 25% no aumento da representatividade.”
Ainda no mesmo painel, Eduardo Yamashita - diretor de operações do Ecossistema Gouvêa, conta como o uso dos dados e analytics está reconfigurando o varejo e o consumo no mundo. Para ilustrar, ele apresenta um infográfico que mostra o valor de mercado de grandes empresas do varejo com valores relevantes em 2006 e em 2021:
1º bloco: empresas muito desafiadas pelo digital, e acima disso, não conseguiram se reinventar com as novas demandas de consumo do varejo.
2º bloco: Ecossistemas em construção, conseguem se destacar e construir dados
3º bloco: Empresas com ecossistemas mais maduros, com diferencial competitivo, que se tornaram gigantes através dos dados e alavancaram
Eduardo traz como exemplo o Alibaba, uma das empresas mais organizadas e maduras em termos de ecossistema na exploração de dados, com 4 camadas divididas:
- Núcleo: onde a empresa nasceu, centro gerador de dados da companhia
- Camada de conexão: empresas e estruturas que provém infra para toda companhia trabalhar
- Camada de expansão: diversas companhias atraídas e conectadas entre si
- Camada de dados: onde os dados (?) estão presentes e transaciona em todas as companhias.
Criado através de dados que permeiam este ecossistema, e com acesso a todos os algoritmos preditivos feitos através da organização dos dados, surgiu o Ali Health: a maior operadora de saúde do mundo - avaliada em 47 bilhões de dólares.
O executivo trouxe ao painel um exemplo de analytics, o case do Alibaba junto com a Unilever, foi criado um teste com ambiente e estimativas de compras reais, tudo isto com curto período de criação, seis meses, este é um dos muitos exemplos de dados na indústria do consumo e do varejo.
Uma pesquisa recentemente encomendada pela Gouvêa, e realizada pela FGV, mostrou que a maioria dos CEOs brasileiros já se convenceram que ter uma forte competência em analytics será necessário nos próximos anos, mas ainda existe o desafio importante de equilibrar o que é urgente contra o que é importante.
Trazendo a visão para o mercado brasileiro, analytics é uma questão que deve ser feita, e as empresas que não aderirem, estarão no limite, passarão de pioneiras para seguidoras. Hoje não há dúvidas se tem que ter digital nas empresas ou não, afirma Yamashita.
Para assistir ao evento na íntegra, acesse: https://www.sas.com/pt_br/webinars/retail-summit-2021.html