Analíticas em todo o lado, para todos

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Números recordes para aquele é o maior evento de advanced analytics em Portugal: 1.400 inscritos no SAS Fórum Portugal 2018. Durante um dia especialistas debateram tendências, partilharam experiências e fizeram antevisões do futuro. Com a convicção de que as analíticas vieram para ficar. Estarão em todo o lado, todos terão acesso e serão utilizada por novas tecnologias.

 “O impacto analítico no futuro das organizações e nas oportunidades” foi o mote do Painel da manhã, moderado por Ricardo Pires Silva, Director Executivo do SAS Portugal, que após algumas considerações sobre a actual importância dos dados – “… os dados podem efectivamente ensinar-nos muito sobre os negócios e são, provavelmente, o recurso mais valioso que temos à nossa disposição, sendo que de nada valem sem a Analítica!” – salientou que “A Analítica é o motor da mudança, da transformação e faz sentido levá-la a todos. Foi por isso que o SAS desenvolveu uma plataforma aberta e integrada…”.

Esta é uma ferramenta que pode e deve ser utilizada pelos vários sectores da economia e pelos vários departamentos de uma organização. Desde uma melhor gestão do risco (no caso da banca e das seguradoras) a uma optimização do marketing, com notórios resultados ao nível do relacionamento com o cliente. E, estando associada a outras tecnologias como a inteligência artificial e o machine learning permitirá reduzir os custos dos processos, com especial ênfase a sectores como a banca, onde isso é determinante.

Mas nem tudo “são rosas”. Sendo uma área relativamente recente (pelo menos vista e trabalhada desta forma) há uma notória falta de recursos humanos. Segundo afirmações de Arlindo Oliveira, presidente do Instituto Superior Técnico, existem, em Portugal, 7.000 posições por preencher, nesta área. A questão da retenção dos recursos humanos qualificados (nomeadamente a falta de) é, para este executivo, um travão ao desenvolvimento da economia portuguesa.

Os números poderão dar-nos as respostas que necessitamos. Apenas é preciso saber interpretá-los, fazer a pergunta certa e conseguir relacioná-los, descobrindo padrões e procurando respostas para além das óbvias. Hannah Fry, matemática na UCL, ainda durante a manhã do evento, deu um exemplo caricato. Aquando da análise da nacionalidade dos tweets em Londres detectou-se a presença de uma comunidade francesa... Até se ter analisado com mais atenção os números e descoberto que era apenas uma pessoa (prolifera nos tweets). Ou perceber que a razão para as bicicletas alugadas ficarem muito tempo em determinado local prendia-se apenas porque o regresso (ao ponto de origem) implicava pedalar por grandes subidas.

À tarde decorreram mais de vinte sessões paralelas sobre temas tão diversos como Inteligência Artificial e Machine Learning nas Organizações, o impacto do Blockchain, IoT e SmartCities, Combate e prevenção da Fraude, o papel do Analytics na Gestão de Risco, GDPR, Marketing Analytics, entre outros, com a partilha de experiências de diversas entidades.

Por fim, Nadim Habib, da NOVA SBE, fechou o dia em grande, falando sobre a pressão que as organizações sofrem por parte dos clientes (cada vez mais exigentes e astutos), a urgência que há de uma “mudança rápida e dolorosa” por parte das organizações para se adaptarem ao mercado, a necessidade das TI estarem alinhadas com a estratégia das empresas, deixando uma provocação a todos os presentes “Falamos todos muito sobre a crise e disrupção… mas a meu ver isso é uma desculpa… Todos temos a obrigação de corrigir as nossas fragilidades e ligar as empresas aos seus clientes. É assim que se constroem as grandes marcas, através dessa interacção…”.

Independentemente dos desafios as analíticas são essenciais nos dias de hoje e a importância da sua utilização tende a aumentar, em consonância com o aumento de dados, criados pelo número crescente de dispositivos. Mas este tsunami de dados só será útil se as organizações souberem, em primeiro lugar, garantir a sua qualidade e, depois, usar as ferramentas certas para os trabalhar e retirar informações úteis.

Accenture, Ageas, Banco Big, Brisa, CGI, Cisco, Closer, COTEC, Crédito Agrícola, EDP, Fidelidade, Galp, Habber Tec, José de Mello Saúde, KPMG, Millennium bcp, Mind Source, Montepio, NOVA IMS, PASSIO, PwC, Timestamp, Turismo de Portugal e Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias foram algumas das entidades presentes a partilhar conhecimentos e experiências com a Analítica e a sua visão o futuro dos dados nas Organizações.

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Business Analytics Portugal

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