No Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, o SAS celebra sua parceria com o Technovation Summer School for Girls, um projeto revolucionário que está mudando a forma como meninas entre 8 e 18 anos se relacionam com tecnologia e inovação.
Criado em 2018 no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, o projeto começou com um evento de um dia para 150 meninas. O sucesso foi tão expressivo que evoluiu para um programa estruturado de 10 semanas, abrangendo programação, empreendedorismo e inteligência artificial.
"Hoje temos 75 equipes, 80 mentores voluntários e presença em cinco cidades brasileiras", conta Lina Maria Garces Rodriguez, coordenadora do programa. "Oferecemos formação em três categorias: iniciantes (8-12 anos), júnior (13-15 anos) e sênior (16-18 anos)."
Por que precisamos de mais meninas na tecnologia?
Apenas 15% dos ingressantes em cursos de tecnologia são mulheres. "É uma contradição histórica", explica Lina. "A computação foi criada por mulheres nos anos 40, durante a Segunda Guerra Mundial. As primeiras programadoras, criadoras de linguagens de programação e da internet eram mulheres."
Pesquisas mostram que até cerca de 10 anos, meninas e meninos compartilham os mesmos interesses em tecnologia. No entanto, pressões sociais e falta de referências acabam afastando as meninas dessa área. O TechSchool atua justamente nesse momento crucial, mostrando que a tecnologia não é um "clube exclusivo masculino", carreiras técnicas oferecem excelentes oportunidades profissionais, é possível combinar criatividade e tecnologia e mulheres podem ser líderes em inovação.
O programa oferece 10 semanas de formação intensiva, com mentoria com profissionais do mercado e desenvolvimento de projetos práticos, além de preparação para competições internacionais, como o Technovation Girls, workshops de empreendedorismo e introdução à IA, e novas tecnologias.
O impacto da iniciativa se materializa em histórias inspiradoras: desde alunas aprovadas em universidades internacionalmente reconhecidas até jovens empreendedoras lançando suas próprias startups. Engloba ainda projetos premiados pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCTI) e equipes em competições globais. Porém, o mais importante, a escola de verão tem testemunhado uma transformação real no cenário tecnológico, com ex-alunas hoje cursando computação e engenharia, provando que o projeto está efetivamente construindo uma nova geração de mulheres na tecnologia.
O futuro é feminino e tecnológico
Como patrocinador, o SAS não apenas contribui financeiramente, mas participa ativamente da formação dessas futuras profissionais. "O apoio empresarial é crucial porque mostra às meninas que existem organizações interessadas em seu desenvolvimento e que há espaço para elas no mercado", destaca Lina.
O programa, totalmente gratuito graças aos patrocínios, permite que meninas de diferentes realidades socioeconômicas tenham acesso à educação tecnológica de qualidade. "Quando uma menina da periferia entra na USP para estudar computação, sabemos que estamos no caminho certo", afirma Lina.
O TechSchool não está apenas formando programadoras - está criando uma nova geração de líderes em tecnologia. Como destaca Lina:
"Queremos que elas vejam que podem ser cientistas, desenvolvedoras, executivas ou empreendedoras. O limite é apenas a imaginação delas."
O SAS tem orgulho de fazer parte dessa transformação e reafirma seu compromisso com a diversidade, equidade e inclusão no setor.