Avançando rumo à cultura organizacional baseada em dados

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A digitalização acelerada ao longo dos anos desde a Covid-19 deixou alguns legados para organizações, e a importância de construir uma cultura baseada em dados está entre eles. Afinal, dados impulsionaram a criação de novos modelos de negócio, mas também transformaram a forma pela qual empresas operam, administram seus talentos e geram valor para os clientes. Avançar nessa agenda tornou-se uma missão crucial para líderes; mas esse objetivo não pode ser atingido de maneira isolada.

Colaboradores têm muito a contribuir com o processo, agindo como aliados na construção de uma organização baseada em dados. Mas também podem impor barreiras e até mesmo causar problemas para a evolução dessa frente. O antídoto para essas ameaças é construir uma cultura que reflita a consciência de que a análise avançada de dados é essencial para uma tomada de decisão prudente e bem-informada.

Mas criar uma cultura organizacional baseada em dados não é algo trivial. É uma jornada diretamente relacionada à habilidade de adaptação a mudanças por parte da organização e de seus profissionais. A tarefa também inclui disseminar o entendimento de que dados formam um dos mais importantes ativos que uma empresa pode ter. Porém, muitas vezes, as demandas do negócio estão em descompasso com o tempo necessário para implementar um novo tipo de mentalidade corporativa.

Esse dilema é uma realidade global, e regiões têm progredido de formas distintas. No que diz respeito ao Brasil, temos feito um avanço significativo em meio aos desafios e mudanças que vêm moldando organizações nos últimos anos. É o que mostra a nova pesquisa sobre o atual estado da cultura organizacional baseada em dados e Inteligência Artificial (IA), feita pelo IDC a pedido do SAS.

Em termos regionais, ainda há muito espaço para melhoria. Segundo a pesquisa, 72% das empresas na América Latina notam a ausência de uma cultura orientada para dados. O estudo também descobriu que 86% usam soluções específicas para avançar suas estratégias de dados, porém 38% ainda utilizam planilhas como solução para análise de dados. Ou seja, há muito a fazer para continuar a ampliar a adoção de analytics em organizações latinas.

Por outro lado, o cenário atual se mostra promissor, em especial para o Brasil. Somos líderes em uma série de aspectos quando se trata de organizações baseadas em dados, analytics e IA. Nesta última frente, por exemplo, o Brasil é o mercado mais avançado, com 70% das empresas que usam soluções de dados e analytics afirmando que também usam IA.

A pesquisa também revela que empresas brasileiras estão antenadas com o espírito do tempo ao liderar suas estratégias de tecnologia. Por exemplo, 90% das organizações brasileiras entrevistadas investem em dados e analytics  para identificar novos padrões de consumo, ante a média de 60% entre empresas na América Latina.

Nesse contexto, e considerando as forças em jogo – como a necessidade de avançar na utilização de dados para apoiar boas decisões de negócio e o fato de que a quantidade de dados gerados por empresas só aumenta – a promessa é clara: dados impulsionam a inovação. E o Brasil está pronto para o próximo nível dessa jornada em empresas de todos os tamanhos e setores.

Mas outros fatores não tecnológicos precisam acompanhar esse processo. A evolução em dados está atrelada ao desenvolvimento de uma cultura que abraça a importância deles. Além disso, é preciso adotar uma nova mentalidade, em que o poder do analytics é combinado ao julgamento humano e à capacidade de pensamento crítico. Também é preciso ter abertura para a experimentação ágil e aprender com esses processos, assim como ter uma visão de longo prazo.

Trabalhar rumo a esses objetivos passa por empoderar pessoas que formam as organizações. Além de fornecer um ferramental adequado, líderes têm a missão de expressar às pessoas as possibilidades que dados, analytics e IA podem trazer e investir na transformação cultural de forma consistente e estratégica. Isso será fundamental para que equipes trabalhem com propósito, assertividade e eficiência e sejam capazes de estar à frente da concorrência.

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About Author

André Novo

Country Manager, SAS Brasil

Formado em matemática pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro e em meteorologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, André Novo atua há mais de 35 anos no setor de tecnologia, com vasta experiência na área comercial, gerenciando equipes de vendas. Com passagens por grandes empresas do setor, como Unisys e NCR, está no SAS há 13 anos, tendo atuado nos últimos três anos como diretor de vendas para governo e finanças. Desde dezembro de 2021, lidera as operações do SAS Brasil na posição de country manager.Tem grande conhecimento nos mercados da América Latina e Caribe, trabalhando com equipes de vendas locais de distribuidores, identificando oportunidades e propondo soluções específicas para as necessidades do cliente final. Está no SAS há mais de 10 anos e, desde agosto, ao lado de Luiz Riscado, assumiu a frente das operações da empresa.

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