SAS Women Empowerment Day - ou WED, como chamamos internamente
Thais Ceriorni, head de marketing do SAS Brasil, fala sobre as origens de um dos eventos mais esperados do ano no Brasil para a liderança feminina em tecnologia, e o que podemos esperar para a edição de 2025
Em um mundo em transformação constante, as mulheres têm demonstrado uma capacidade única de liderar com visão holística, combinando inovação tecnológica com responsabilidade social. Da inteligência artificial à sustentabilidade, das ONGs às grandes corporações, elas estão na vanguarda das soluções que moldarão nosso futuro.
Ter espaços qualificados para a celebração do talento e visão femininos é essencial, bem como a discussão sobre como transpor os desafios enfrentados por elas. No SAS, temos orgulho de estar construindo um destes lugares: o Women Empowerment Day, encontro em que lideranças femininas discutem temas cruciais na interseção entre negócios e inovação.
Em 2025, enfrentamos problemas globais que exigem uma abordagem colaborativa e inclusiva. A edição deste ano do Women Empowerment Day se reinventa para abordar temas urgentes e atuais, reconhecendo que o empoderamento feminino é fundamental para construir um futuro mais sustentável e equitativo para todos.
Neste ano, o evento acontece no dia 18 de março, em São Paulo, com mudanças importantes no formato e conteúdo, que acompanham o espírito do tempo e abordam temas desde como fomentar a inovação corporativa até inovação social. Neste blog post, a head de marketing do SAS Brasil, Thais Cerioni, olha para o passado, presente e o futuro do WED, que se propõe como um espaço de diálogo e construção coletiva, com foco em inovações lideradas por mulheres inspiradoras e o impacto delas nas empresas e na sociedade.
Blog do SAS: Qual foi a motivação do SAS para criar o Women Empowerment Day?
Thais Cerioni: Esta é uma história que vale ser contada, pois é uma história diferente e legal de fato. O Women Empowerment Day, ou WED, como chamamos aqui, foi uma iniciativa do Kleber (Wedemann, diretor de marketing para a América Latina, Caribe e US SMB no SAS), pois o empoderamento feminino é um tema que ele valoriza, além de ser um tema relevante para o SAS e o mercado em que operamos.
Quando cheguei no SAS, no início de 2020, o evento já tinha tido duas edições presenciais e uma "participação especial" dentro do SAS Forum Brasil, em 2019. Para aquele ano, tínhamos planejado um evento presencial, com mais visibilidade e investimento. Tudo estava pronto, quando chegou a pandemia de Covid-19. Isso nos trouxe um grande desafio, pois a estrutura estava pronta e o local reservado para 100 pessoas. Mas, migramos para o ambiente virtual.
Naquele ano, tivemos algumas novidades, como a primeira palestrante que convidamos com cachê (a advogada e escritora Ruth Manus), e um investimento maior em divulgação. Tivemos receio de fazer um encontro virtual naquele momento tão delicado, mas, para nossa surpresa, o WED foi um sucesso, com mais de 600 participantes.
Esta grata surpresa se deve, na minha visão, a uma conjunção de fatores. O primeiro deles foi o momento inicial da pandemia, em que as pessoas estavam buscando conteúdo em "lives", que foi o que oferecemos, ao longo de uma programação de cerca de seis horas - e as pessoas permaneceram por boa parte deste tempo. Além disso, o conteúdo trouxe temas muito interessantes, que tinham um apelo geral. E, conseguimos fazer uma boa divulgação. Com esta estratégia, alcançamos um público muito maior.
Como o evento mudou ao longo dos anos, em termos de alcance e impacto?
No início, víamos o evento muito mais como um lugar de relacionamento - para nos aproximarmos dos nossos clientes, parceiros e pessoas de mercado. A partir de 2020, passamos a olhar o evento de uma perspectiva de brand awareness e nosso papel em melhorar a sociedade como um todo em relação a temáticas de gênero, não somente o mundo da tecnologia.
Entendemos que existia uma demanda para discutir os temas de empoderamento feminino neste tipo de evento, especialmente por parte de um público mais jovem, e não só do público C-level. A partir daí, passamos a enxergar o WED de uma forma mais abrangente. Estas constatações foram moldando o evento aos poucos com algumas mudanças.
A principal delas diz respeito ao formato: tivemos cinco edições do evento de forma virtual, por entender que isso nos permitia alcançar mais pessoas e ter um público mais amplo, sem as restrições de espaço físico e todos os desdobramentos de um evento presencial. Também aproveitamos este formato para trazer mais palestrantes, inclusive que não estão baseados em São Paulo, como a cantora Preta Gil, ou que tem complexidades de locomoção, como a medalhista olímpica Laís Souza.
Agora, em 2025, voltamos para o presencial. Esta decisão se deve a uma observação de que há uma exaustão das pessoas em relação ao online e uma dificuldade maior de prender a atenção das pessoas desta forma. Além disso, especialmente no ano passado, sentimos falta do networking que esse tipo de evento proporciona (não apenas às organizadoras e às palestrantes, mas também ao público). Então, voltaremos para o presencial, mesmo que isso nos custe uma redução de audiência. Por outro lado, estamos buscando alternativas para não perder totalmente esse público, que é fazer uma cauda longa do evento, criando um programa de WED para o ano todo, com conteúdos exclusivos e outras estratégias para nutrir esta comunidade que se formou.
Que tipo de feedback vocês têm recebido das participantes dos eventos anteriores e como isso influencia o planejamento das edições seguintes?
Todos os anos, realizar este evento é algo que gera uma adrenalina enorme e, quando termina, deixa a certeza de como é gostoso trabalhar nele. Um dos elementos que melhor ilustra isso é o conjunto de feedbacks que recebemos das pessoas que assistem e participam dos painéis. Mesmo que sejam perspectivas muito diversas, por estar em um grupo de mulheres todo mundo se sente muito à vontade, sempre temos muita interação do público e comentários sobre como o evento gerou valor.
Existe, também, um feedback interno muito positivo, do nosso time de vendas, por exemplo, que considera o evento uma ferramenta de relacionamento muito poderosa. Vendedores, inclusive homens, comentam sobre como o WED é uma forma de construir a proximidade com clientes, e, ao mesmo tempo, construir ambientes para que executivas que se importam com o tema de empoderamento feminino possam dividir sua visão sobre isso. Este feedback é muito gratificante.
Sobre como feedbacks influenciam o conteúdo, acredito que estes retornos mudaram um pouco a direção das conversas. Se antes o foco era como trazer mais diversidade para as empresas, como fazer com que mulheres cheguem aos cargos de liderança, este ano vamos abordar inovação corporativa, tecnológica, social.
Me lembro que, há uns 15 ou 20 anos, eu não queria me posicionar sobre gênero ou sobre as pautas LGBTQIA+ por não querer ser colocada em uma caixinha, e sim ser valorizada pelas minhas competências. Percebi com a maturidade que não é assim: temos que nos posicionar e discutir os problemas até que eles não precisem ser mais discutidos. E acredito que, na nossa "bolha" das empresas e executivas de tecnologia, a gente já pode dar esse passo além. A discussão sobre o empoderamento feminino é relevante e tomou conta da nossa pauta (no WED) nos últimos cinco anos. Agora podemos concentrar nossa atenção em outros temas, e trazer a visão - e as ações das mulheres – sobre eles. Vamos falar sobre os temas em que somos especialistas.
Como o WED se alinha com a estratégia de diversidade mais ampla do SAS, considerando o atual contexto em que empresas, inclusive do setor de tech, estão revisando suas políticas neste sentido?
O SAS é uma empresa muito reconhecida globalmente por suas práticas de diversidade e inclusão. Sempre fomos pioneiros e agimos na prática, tendo consistência ano a ano em premiações, em reconhecimento em relação a DEI.
Na região da América Latina, em todos os nossos eventos, garantimos a representatividade feminina nos palcos e isso vem de forma muito orgânica na nossa prática diária de trabalho. Mas entendemos que o WED talvez seja a nossa maior ferramenta para reafirmar o que acreditamos para o mercado. É a nossa maneira de levantar a bandeira de que enquanto o mundo entra numa fase de escuridão em relação à diversidade e inclusão, estes valores continuam sendo muito importantes para nós.
Serviço - SAS Women Empowerment Day 2025
Data: 18 de março, das 8h30 às 13h30
Local: Casa Pompéia, em São Paulo
Inscrições: Women Empowerment Day 2025 | SAS