GenAI na prática: foco no valor aos negócios

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Se integrada à estratégia da companhia, tecnologia pode e deve ajudar empresas de todos os setores a serem muito mais produtivas, mas é preciso separar o hype da realidade

A inteligência artificial generativa tem capturado a atenção de líderes desde que ferramentas como o ChatGPT entraram em cena no final de 2022. Desde então, temos visto tanto apreensão quanto animação em relação aos potenciais riscos e oportunidades que a tecnologia pode trazer. Por outro lado, vemos também um movimento que visa “colocar os pés no chão” sobre o tema, com foco em como organizações podem gerar valor com a IA generativa (GenAI), para além da euforia.

Fato é que a inteligência artificial generativa pode tornar organizações mais produtivas e eficientes. Estimativas de mercado expressam este potencial: em um estudo recente patrocinado pelo SAS, constatou-se que organizações norte-americanas demonstram entusiasmo com o potencial da IA generativa para aumentar a produtividade dos negócios e das pessoas.

Com este horizonte promissor em vista, organizações estão se movimentando e buscando implementar a IA generativa em escala em suas operações, enquanto outras ainda precisam avançar para além dos pilotos. É um processo que deverá impor seu próprio ritmo, à medida que empresas mais preparadas e com objetivos bem estabelecidos devem ganhar espaço de mercado frente à concorrência.

Seja qual for o momento da organização, a expectativa em relação às tecnologias versus a realidade também deve ser considerada quando lideranças avaliam como agir sobre uma ferramenta emergente. O hype cycle da consultoria Gartner nos dá algumas pistas em relação ao tema: a IA generativa está no pico das expectativas infladas, mas o impacto esperado é significativo ou até mesmo transformacional dentro da próxima década.

A IA generativa está no pico das expectativas infladas, mas o impacto esperado é significativo ou até mesmo transformacional dentro da próxima década.

É difícil ficar de fora deste movimento, e é razoável afirmar que não fazer uso adequado da IA generativa pode tornar processos ineficazes ou mesmo obsoletos nos próximos anos. Por outro lado, é importante lembrar que a tecnologia não é equivalente a um passe de mágica e, sozinha, não irá resolver os problemas de negócios. Esta constatação fez parte de uma apresentação recente da Marinela Profi, líder global de estratégia de IA do SAS, feita durante o evento SAS Innovate, que acompanhei em Las Vegas.

Na mesma linha da afirmação de Marinela, ouvimos no evento líderes de grandes organizações como a AstraZeneca, por exemplo, relatando que a companhia vem sendo muito questionada sobre qual é a estratégia da empresa para inteligência artificial, mas que ela não existe: o que a empresa conduz é uma estratégia de negócios apoiada por IA. A visão ressalta o fato de que os objetivos de negócios de uma organização precisam preceder o hype sobre qualquer tecnologia.

Expectativas infladas à parte, é essencial que organizações que querem se manter competitivas e relevantes entendam o potencial da genAI para gerar produtividade. Neste cenário, a escolha das ferramentas e fornecedores de IA deve ser guiada pelas necessidades reais da organização, e os tomadores de decisão precisam selecionar plataformas que sejam escaláveis e integradas facilmente às operações existentes.

Além disso, o mercado necessita de produtos inovadores para atender às diversas necessidades dos desenvolvedores de IA para melhorar seu desempenho e aumentar a confiança. Recursos de computação sob demanda e self-service para a preparação de dados, análise exploratória de dados e desenvolvimento de modelos analíticos e de machine learning são muito bem-vindos. Afinal, quanto maior a produtividade do desenvolvedor, mais rápido atingimos a inovação por meio de IA.

Por fim, avançar efetivamente com a IA generativa exige um comprometimento constante com o alinhamento estratégico e a capacidade de adaptação. Organizações precisarão manter o foco nas suas prioridades de negócio, utilizando a IA como uma ferramenta para atingir esses objetivos, e não como um fim em si mesma. Investir em capacitação contínua e na promoção de uma cultura de inovação são etapas cruciais para garantir que o uso da IA generativa esteja orientado pelo valor que a ferramenta traz ao negócio, evitando o risco de se perder no hype tecnológico.

Outra área de atenção à medida em que organizações evoluem com a Gen AI é a ética no uso, essencial para identificar e endereçar os riscos da tecnologia, e garantir que as implementações sejam seguras, confiáveis e tragam benefícios para as pessoas. Mas este é um assunto para o próximo artigo. Até lá.

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About Author

André Novo

Country Manager, SAS Brasil

Formado em matemática pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro e em meteorologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, André Novo atua há mais de 35 anos no setor de tecnologia, com vasta experiência na área comercial, gerenciando equipes de vendas. Com passagens por grandes empresas do setor, como Unisys e NCR, está no SAS há 13 anos, tendo atuado nos últimos três anos como diretor de vendas para governo e finanças. Desde dezembro de 2021, lidera as operações do SAS Brasil na posição de country manager. Tem grande conhecimento nos mercados da América Latina e Caribe, trabalhando com equipes de vendas locais de distribuidores, identificando oportunidades e propondo soluções específicas para as necessidades do cliente final.

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