Em um painel mediado por Thais Cerioni, head de marketing Brasil e gerente de comunicação do sul da América Latina no SAS, quatro mulheres da área de tecnologia debateram os principais desafios e a importância da atuação feminina no setor de tecnologia durante o SAS Women Empowerment Day 2022.
Lívia Moraes, customer advisor do SAS, comentou sua experiência pessoal sobre as dificuldades de trabalhar em um grande banco no início da carreira, momento em que foi questionada inúmeras vezes sobre sua decisão, principalmente por envolver a mudança de uma cidade do interior para a capital paulista. Ela relata que, apesar da evolução da inclusão feminina no mercado de trabalho, ainda teve que “guardar muitas ideias na gaveta” em inúmeras situações nas quais o machismo prevaleceu.
Karen Santos, fundadora e CEO da UX para Minas Pretas, seguiu com o bate-papo, comentando sobre a necessidade de reforçar constantemente suas habilidades na tecnologia para conseguir se destacar no mercado de trabalho. Segundo ela, “temos um longo caminho pela frente e de muito trabalho para conquistar um ambiente profissional realmente justo”. Ela divide sua trajetória na UX para Minas Pretas, uma edtech focada na inserção de mulheres negras no mercado de tecnologia e UX, ressaltando também o seu desafio duplo na atualidade: “estou ao mesmo tempo atuando e lutando para inserir mais mulheres na área”, disse a CEO.
Comentando sobre o surgimento da edtech, Karen enfatiza que “a UX para Minas Pretas já nasceu grande”. "Tinha a expectativa de inscrição de 5 pessoas, no entanto, tivemos mais de 300 inscrições em apenas uma semana", relembra. Karen também divide as dificuldades no empreendedorismo feminino e ressalta a importância da diversidade até mesmo no oferecimento de produtos e serviços, lançando um desafio às empresas para focarem na diversidade em seus processos seletivos e projetos como um todo.
Samanta Cunha, bootcamp manager da Laboratória, uma edtech presente em mais de cinco países da América Latina e que já formou mais de 350 mulheres em tecnologia, comentou sobre o real impacto que a inserção feminina no mercado de trabalho pode promover na vida de uma mulher, trazendo “empoderamento pelo conhecimento e liberdade financeira.”
Sobre a questão do ambiente corporativo e da tecnologia em relação às mães, Lyse Nogueira, especialista de CI no SAS e mãe de dois filhos, conta sobre dificuldades enfrentadas no período de suas licenças-maternidade, relatando a diferença que a maior parte das pessoas trata a maternidade e a paternidade, atrelando a maior parte da responsabilidade para a figura materna e colocando o pai como uma figura apenas de apoio convencional.
Para finalizar o debate, elas também reforçaram o imenso valor das mulheres nesta indústria, considerando a demanda crescente na área, reforçando a relevância dos dois projetos apresentados por Karen e Samanta para a capacitação e inclusão deste público. Além disso, comentam também sobre a importância dos negócios reconhecerem os perfis que não estão presentes na organização e pensar em métodos de incluí-los, reforçando também a magnitude de trazer figuras diversas aos cargos de liderança. (https://www.srikotamedical.com/)