Nyvi Estephan, apresentadora de games e esportes eletrônicos eleita como a maior host da América Latina, foi uma das keynote speakers do SAS Women Empowerment Day 2022 e abordou a importância de trazer mais mulheres ao mercado de jogos eletrônicos e de combater a toxicidade da comunidade gamer. Durante sua apresentação, trouxe à tona pontos importantes sobre a presença da mulher nos eSports:
ELAS GOSTAM MENOS DE JOGAR DO QUE ELES?
De acordo com a pesquisa Game Brasil 2021, trazido pela apresentadora, 51,5% das pessoas que jogam casualmente são mulheres, contradizendo um argumento muito presente em nossa sociedade, que diz que mulheres não têm interesse no mundo dos games. Outro dado trazido por ela também enfatiza que o público feminino é muito presente nos smartphones, representando mais de 41%, considerando que o celular acaba sendo uma plataforma mais democrática e mais acessível em comparação a um console ou videogame. Ela inclusive divide que seu primeiro acesso a esse mundo foi por causa de seu irmão, como acontece com grande parte das mulheres, já que videogames são presentes dados principalmente a meninos mesmo nos dias de hoje.
POR QUE A INCLUSÃO É IMPORTANTE?
Nyvi ressalta a importância de publicadoras e desenvolvedoras atraírem mais mulheres para esse mercado, além de buscar e enaltecer mulheres que já fazem parte da comunidade, auxiliando na diminuição do estereótipo de que “a cara de quem joga videogame é masculina”.
Ela também enfatiza a importância de combater o comportamento não-inclusivo dentro da comunidade e também nas empresas - considerando que algumas publicadoras já viabilizam a denúncia de jogadores que tenham intimidado quaisquer jogadores da plataforma - para que seja possível atingir um público maior sobre a magnitude da presença feminina nesse universo, além de aumentar o conhecimento da sociedade sobre os esportes eletrônicos e prevenir situações de desconforto e toxicidade neste ambiente.
A mídia também detém um forte papel na construção do senso comum, e por isso, também deve atuar na elaboração de uma narrativa inclusiva: “É importante falar de diversidade em todos os âmbitos!” finaliza ela.