O SAS Global Forum 2018 (SASGF) decorreu esta semana, em Denver, nos Estados Unidos, e teve como principal mensagem a criação de um mundo melhor. Como? Recorrendo a uma melhor (e diferente) utilização dos dados e das analíticas. E tudo começa com uma pergunta. Que leva à investigação, à análise dos dados disponíveis (e à procura de novos), com o objectivo de obter uma resposta. Que pode mudar o mundo. Foi assim como teve início quatro dias de debate, apresentação de soluções e de casos de estudo.
Jim Goodnight, CEO do SAS, abriu o debate afirmando que a edição deste ano bateu todos os recordes em termos de adesão. E lembrou os últimos lançamentos da marca, afirmando que um dos objectivos da empresa é o ajudar a mudar o mundo. Desde como a banca está a mudar até como os dados podem ser utilizados para preservar a biodiversidade. Ou como o poder da população pode ser utilizado em causas sociais. Isto (as transformações/revoluções) é algo que está a ocorrer de forma cada vez mais frequente. Por vários motivos: uma convergência entre dados e algoritmos, mas também ao poder de armazenamento e dos computadores (diga-se processamento). Por si só este é um desenvolvimento poderoso, mas, é, simultaneamente, um acelerador de duas forças poderosas – a Inteligência Artificial (AI) e a Internet das Coisas (IoT).
Em 2025 cerca de 55 mil milhões de dispositivos estarão ligados à Internet. Hoje a maioria dos dados gerados não são analisado. Com modelos automatizados isso vai mudar. E, se combinados com ferramentas analíticas... imagem o resultado final.
Já Goutam Chakraborty, SAS Global Forum Chairman, relembrou a importância da educação/formação e a paixão. Em aprender, em conhecer coisas novas. E em trabalhar com ferramentas como as analíticas. E apontou a necessidade de utilizar os dados para um bem comum, o da Humanidade - Data for Good.
A verdade é que os dados e as ferramentas analíticas podem (e devem) ser usados em todos os sectores da economia. Com vantagens/benefícios evidentes (e, nalguns casos, quase imediatos). Um exemplo? O projecto piloto, levado a cabo com o The Duke Endowment, no New Hanover County. O programa, que integra dados de diversos sistemas - desde chamadas para o 911 (o 112 português), Department of Social Security (DSS), prisões e libertações – para avaliar factores de risco. Isto permite que os funcionários priorizem os casos, ajudando de forma mais eficaz e onde é mais necessária. Este é só um exemplo. Há impactos semelhantes na banca, nas telecomunicações, no sector segurador... até no futebol e nos vinhos, (sobre este último, iremos publicar um post muito em breve! Fiquem atentos).
O importante é conseguir recolher os dados, garantir a sua qualidade e saber trabalhá-los, de forma a obter informação útil, que responda às necessidades actuais ou crie novas necessidades/oportunidades.
Se não teve oportunidade de assistir às intervenções que decorreram no SAS Global Forum 2018 (foram transmitidas ao vive pela internet) pode sempre recorrer aos vídeos, disponíveis na página oficial do evento.